




No trecho do livro " Cinco textos sobre a Arquitetura " observa-se a importância do espaço e sua estreita relação com o tempo nos ambientes contruídos. Para se entender e apreender a arquitetura é preciso que se observe o tempo e que ele seja usado para apreciá-la.
De acordo com o texto o arquiteto Aldo Van Eyck propôs a substituição da fala de espaço e tempo, por lugar e ocasião que seriam respectivamente o espaço carregado de significações e a ocasião como tempo vivido.
É interessante como o autor mostra "a gênese do lugar arquitetônico, no que se refere ao sujeito", que se dá com a linguagem e a nomeações que diferenciam, e até mesmo, limitam espaços e lugares. "Talvez pudéssemos dizer que o lugar, à maneira do inconscinte, também se estrutura enquanto linguagem."
No texto são relatados dois sentimentos diante da invenção da arquitetura: o de culpa e o de orgulho. O primeiro por ser "fruto do erro de nossos antepassados" e o segundo por ser "uma demonstração da capacidade de sobrevivência humana."
A arquitetura, mais que abrigo e objeto estético, se revela como instrumento ético, por sua importância na organização espacial, nas relações humanas e entre homem e objeto e como forma de documentação, mostrando sua importância na história da humanidade. Dessa forma retira o mal estar causado pelo sentimento de culpa.
De acordo com o texto o sujeito arquitetônico, que cria sua subjetividade no lugar arquitetônico,está em crise. As novas tecnologias têm levado as relações da co-espacialidade à co-temporalidade, em situaçôes em que a presença já não se faz mais necessária. Isso favorece a disjnção espaço-tempo enfraquecendo o lugar arquitêtonico, em que ocorre o evento, em sua forma histórica.
É preciso que as tecnologias da atualidade sejam empregadas de maneira que as relações e os lugares sejam favorecidos e que o indivíduo continue expressando sua sunjetividade no espaço e ao longo do tempo.
O texto leva à reflexão sobre a importância da junção espaço-tempo para a arquitetura, sua análise e sua relação com a humanidade. Além disso, nos revela a necessidade de que a tecnologia empregada no tempo atual seja utilizada de maneira que seja proporcionada ao homem a liberdade de se expressar através do espaço sem que este e suas relações sejam prejudicadas.
A visita ao MAP foi feita no dia 5 de setembro e foi proposta pelos professores a sua observação. O museu fica no entorno da lagoa da Pampulha num local elevado, era um antigo cassino e é formado por partes retas e curvas que conferem um formato interessante ao lugar. Possui paredes de vidro que favorecem a iluminação exterior e dão uma bonita aparência ao museu. Quando o reparamos todos os lados podem ser tomados como fachada. Nele existe diferentes materiais empregados como o mármore e ácido inoxidável.
Na atividade feita em dupla no museu eu e minha parceira Elvina observamos os seguintes detalhes:
Sala de Aula
A arquibancada foi mantida e a sala de aula colocada no centro da sala de plástica mantendo conexão com a área de descanso e o ateliê.
O local da sala de aula e a posição dos quadros proporcionou uma visão mais ampla do lugar.
Exposição
A experiência de reorganizar um ambiente concedendo a ele características e gostos daqueles que vão usá-lo foi muito interessante. A sala procurou as melhores formas que encontrou, nos três dias de dispor cada área, mantendo características antigas que considerou boas e inovando a disposição de objetos e setores que achou necessário.